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Os Transtornos Alimentares são distúrbios psiquiátricos graves e precisam ser tratados o mais rápido possível

Os transtornos alimentares são distúrbios psiquiátricos graves, caracterizados por alterações persistentes e prejudiciais no comportamento alimentar, na relação com a comida e na percepção da imagem corporal. Essas condições causam impactos significativos na saúde física e comprometem o funcionamento psicossocial. Frequentemente, eles incluem comportamentos inadequados de controle do peso, como dieta restritiva, vômito autoinduzido, uso de laxantes e diuréticos, além de exercício físico excessivo.


A 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5 TR) e a Classificação Internacional de Doenças (CID-11) reconhecem seis principais transtornos alimentares: Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa, Transtorno da Compulsão Alimentar, Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo, Pica e Transtorno de Ruminação. Além desses, o DSM-5 TR inclui a categoria Outro Transtorno Alimentar Especificado, que abrange condições que não preenchem todos os critérios diagnósticos clássicos, como a Anorexia Nervosa Atípica, Bulimia Nervosa (de baixa frequência e/ou de duração limitada), Transtorno de Compulsão Alimentar (de baixa frequência e/ou de duração limitada), Síndrome do Comer Noturno e Transtorno de Purgação. Há também a categoria Outro Transtorno Não Especificado, definida quando há sintomas significativos de transtorno alimentar, mas sem informações suficientes para um diagnóstico preciso.


A origem e a manutenção dos transtornos alimentares resultam de uma interação complexa entre fatores genéticos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Essas condições podem afetar indivíduos de todas as idades, gêneros, etnias, classes sociais e tipos corporais, desmistificando a ideia equivocada de que apenas pessoas brancas, de nível socioeconômico alto e com peso muito baixo são afetadas. Além disso, os transtornos alimentares apresentam altas taxas de morbidade médica e psiquiátrica, aumentando o risco de complicações graves e de morte, independentemente do diagnóstico específico ou do peso do indivíduo.




Apesar da complexidade e dos desafios no tratamento, os transtornos alimentares são condições tratáveis, e a recuperação é possível, especialmente quando identificados precocemente e acompanhados por uma equipe multidisciplinar. É fundamental que profissionais de saúde estejam atentos aos sinais precoces, pois mesmo indivíduos que não atendem a todos os critérios diagnósticos formais podem apresentar comportamentos alimentares prejudiciais, com impacto negativo na saúde física e mental.


Referências:


American Psychiatric Association. (2022). Feeding and eating disorders. In Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed., text rev.). 


World Health Organization. (2018). International statistical classification of diseases and related health problems (11th Revision ed.) Retrieved from https://icd.who.int/browse/2025-01/mms/en#1412387537


Treasure, J., Duarte, T. A., & Schmidt, U. (2020). Eating disorders. The Lancet, 395(10227), 899–911. 


 
 
 

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